sábado, 28 de agosto de 2010

FRAGMENTO 1

Oh Noite de monumentos silenciados

Sou "joaninha" banhada pelo negrume de seu manto

Num jardim à beira da vida

Ergo os olhos e fito o derramamento de estrelas

São minhas

Eu as vi

Oh noite de monumentos silenciado

Tudo é tão pequenino

Tão ínfimo

E tudo é tão grandiloquente sob seus domínios

Eu vos saúdo, oh noite! 

 

(JLS)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Blog BLUM

BLOG nascendo num domingo, afinal, era dia 22 de agosto, Dia Nacional do Folclore. Penso eu: o que em mim pode desvencilhar-se da cultura se é dela que vivo e através dela compartilho a vida?
Blog BLUM. Explode em mim algo como os tambores de Minas, as Congadas, as Folias de Reis, o Boi Pintadinho, o Samba de Roda, o Jongo e tudo o mais que torna-me o que sou redondo e vai levando-me para o inusitado. Vê, agora é madrugada e uma LUA no céu alerta-me que estou na Garupa do Cavalo de São Jorge. O Blog é mais um caminho até você. AXÉ!!!

domingo, 22 de agosto de 2010

TEMA PARA SEGUNDA-FEIRA

Há silêncio e derramamento de luz prateada
sobre as copas das amendoeiras.
A rua dorme
aqui dentro uma maratona de sentimentos
prescruta o dia por chegar
como uma mãe zelosa
a sondar o sexo do feto.
Grávido de noite
olhos as lombadas dos livros
vou à janela
e a rua dorme.
Eu: movimento de idas e vindas.
Quem dormirá por mim?


Não tenho mais o berço de espaldares altos
o sono pode ser armadilha de pesadelos
ou roubar-me a leitura dos livros amados.
Volto à janela
decido pelo poema
"rema, rema, remador
quero ver depressa o meu amor"
Não sei amar por horas a fio.
Amo e despeço-me
volto a fiar os tecidos da noite
sentindo a tranquilidade da casa vazia.
Os livros me saúdam e dizem:
emfim sós!


(Contemplo a rua
as copas das amendoeiras
as lombadas dos livros
a coca-zero e os copos sobre a mesa.
Vou à pia e lavo os copos.)


João Luiz de Souza - Niterói - 13/09/09